sábado, 5 de abril de 2008

Meu quarto (Luiz Cláudio Gonçalves)

Neste mundo irreal de sonhos, mas tão real pra mim, consigo ser feliz dentro das quatro paredes em que vivo e que me parece ser os quatro cantos dos mundo.
Como o personagem que busca chegar ao seu destino, de deixar Lisboa e chegar à Santarém, pólos opostos, mas que têm algo em comum; emoções que se vivem aqui, vive-se lá também.
Na busca da poesia encontro em Deus razões de sobra para viver.
Um viajante afoito em descobrir novos mundos e novas pessoas numa busca que a alma anseia conhecer mais e mais.
Passo a ver que minha viagem poderia ter sido diferente, mas ela foi exatamente como eu queria que fosse; não saí do meu quarto e nem da minha terra, mas me encantei com a beleza do mundo que vi.
De dentro do meu quarto resolvi sair para uma viagem imaginária, sabendo que chegaria em muitos lugares e encontraria também muitos obstáculos pelo caminho.
Encontrei gente que não imaginava existir. Gente cheia de sonhos e que estavam dispostas a amar e que estavam à espera de um amor.
Na saída imaginei que iria passar por muitos lugares e assim o fiz. Vi terras geladas e da minha janela vislumbrei um mundo surpreendente.
O barco navegava por mares bravios e enfrentou tormentas onde tive que usar todas as forças para vencê-las.
Sempre o mundo será repleto de pessoas interessantes. Desde que se aventurem a navegar por mares, migrando para vários lugares, trazendo em sua bagagem os seus sonhos e suas aspirações.
Em minhas andanças pelo mundo, convivi com o inesperado que sempre surpreendia. Por desconhecer hábitos e lugares, sem conhecer a cultura local, várias dificuldades encontrei.
Vejo-me dentro do palácio de um rei e me impressiono com a beleza das pinturas, do rosto repleto de luzes. Enfim, acordei de um sonho... estava em meu quarto...

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